EasyJet lança 13 novas rotas a partir de Lisboa graças aos ‘slots’ que eram da TAP: veja quais são

A EasyJet ganhou o concurso para ficar com os 18 slots diários (faixas horárias para descolagem e aterragem) da TAP e, graças a isso, anunciou, esta quarta-feira, 13 novas rotas e o reforço para oito destinos a partir de Lisboa.

Em comunicado, a companhia aérea britânica de baixo custo indica que “irá basear mais três Airbus A321neo, o maior avião da companhia, na sua base em Lisboa, o que permitirá à companhia aérea lançar 13 novas rotas e reforçar a sua capacidade para oito destinos, passando a operar para 10 países”.

As novas rotas estão disponíveis a partir do último trimestre do ano e os bilhetes estarão à venda a partir de 18 de agosto. A EasyJet passará assim a voar para Barcelona, Bilbao, Furteventura, Grande Canária, Tenerife Sul e Valência (Espanha), Marselha, Toulouse e Limoge (França), Birmingham (Reino Unido), Zurique (Suíça), Milão Bergamo (Itália) e Marraquexe (Marrocos).

Entre os destinos que saem reforçados incluem-se Porto Santo (Madeira), Milão Malpensa (Itália), Madrid (Espanha) e várias cidades em França.

“Além disso, o avião neo contribuirá para tornar as operações da easyJet em Lisboa mais sustentáveis, reduzindo o consumo de combustível em 15% e o ruído durante a descolagem e a aterragem em 50%”, indica ainda a nota da companhia aérea.

José Lopes, responsável da EasyJet em Portugal, realça que no final de 2022 a companhia terá “19 aeronaves baseadas em Portugal, o que permitirá transportar mais de 10 milhões de passageiros por ano”.

A EasyJet reforçou-se em Portugal graças à atribuição dos 18 slots diários que pertenciam à TAP. Em causa está o aval dado pela Comissão Europeia, em 21 de dezembro de 2021, ao plano de reestruturação da TAP e à ajuda estatal de 2550 milhões de euros para permitir que o grupo regressasse à viabilidade, impondo para isso compromissos de forma a não prejudicar a concorrência europeia.

Um dos compromissos impostos por Bruxelas para aprovar o plano de reestruturação era a disponibilização de até 18 slots por dia no aeroporto de Lisboa.

Caos está mais ordenado? Aeroporto de Lisboa ainda tem 3000 malas ‘perdidas’

Começou a haver mais ordem no caos, mas o problema está longe de estar resolvido. O cheiro fétido que por vezes saía de uma das centenas de malas amontoadas nas zonas de recolha de bagagem um pouco por todos os aeroportos do mundo, associado às imagens de longas filas de passageiros à espera de serem reencaminhados para novos voos, após cancelamentos de última hora, obrigou as companhias a agirem.

A urgência de mudança é grande, e na última semana as imagens de caos que encheram o espaço mediático nos primeiros dias de julho atenuaram-se bastante. As companhias aéreas meteram travão a fundo, mudaram de estratégia e ajustaram a oferta. E o número de voos cancelados reduziu-se substancialmente.

Bolsa de Lisboa abre a subir 0,51%

A Bolsa de Lisboa abriu esta sexta-feira em terreno positivo, com o índice PSI (Portugal Stock Index) a subir 0,51%, para os 5.781,14 pontos.

Minutos mais tarde, cerca das 09:10 em Lisboa, o PSI avançava 1,42% para 5.835,74 pontos, com 14 ‘papéis’ a subirem e uma a manter a cotação (Semapa em 13,30 euros).

Às ações da Greenvolt e da Altri seguiam-se as do BCP e da Mota-Engil, que se valorizavam 2,02% para 0,14 euros e 1,68% para 1,21 euros.

As ações dos CTT, Sonae e Navigator eram outras das que mais subiam, designadamente 1,67% para 3,05 euros, 1,47% para 1,11 euros e 1,42% para 3,85 euros.

As ações da Jerónimo Martins, EDP Renováveis e EDP também subiam mais de 1%, já que estavam a avançar 1,39% para 20,48 euros, 1,28% para 23,80 euros e 1,02% para 4,57 euros.

As cotações das outras quatro ações que subiam registavam acréscimos da cotação entre 0,40% e 0,91%.

Europa alinhada

As principais bolsas europeias também negociavam em alta, mas receosas com a possibilidade de uma recessão mundial e com o desfecho da crise em Itália.

Cerca das 08:55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 subia 0,73% para 409,38 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,68%, 0,39% e 1,09%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 1% e 1,01%, respetivamente.

Depois de abrir em alta, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando cerca das 08:55 o principal índice, o PSI, a subir 1,31% para 5.827,43 pontos.

Os investidores temem que as pressões inflacionistas obriguem os bancos centrais a acelerar o ritmo das subidas das taxas de juro, aumentando assim o risco de recessão.

Na quarta-feira, soube-se que a taxa de inflação homóloga nos EUA em junho acelerou para 9,1%, um novo máximo em 40 anos.

A inflação nos Estados Unidos manteve a tendência ascendente e em junho atingiu 9,1%, uma taxa não registada desde 1981 e alimentada, como vem sendo habitual nos últimos meses, pelo encarecimento da energia e dos alimentos.

Depois desta taxa de inflação em junho nos EUA é natural que a Reserva Federal dos EUA (Fed) intensifique o ritmo da subida das taxas de juro para tentar travar a procura e adaptá-la à oferta, referiram analistas da Renta 4, citados pela Efe.

Entretanto, no atual cenário de elevada incerteza, o euro continuou a cair face ao dólar para mínimos desde 2001 e voltou a ser negociado abaixo da paridade na quinta-feira e terminou a sessão a 0,9991 dólares.

No outro lado do Atlântico, Wall Street terminou mista na quinta-feira, com o Dow Jones a cair 0,46% para 30.630,17 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.

O Nasdaq fechou a valorizar-se 0,03% para 11.251,19 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.

A nível cambial, o euro abriu em alta no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0013 dólares, mas depois de ter terminado na quinta-feira abaixo da paridade, a 0,991 dólares, um mínimo desde 2002.

O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 98,99 dólares, contra 99,10 dólares na quinta-feira.

Notícia atualizada às 9H33

Aeroporto de Lisboa: “Não vamos contribuir para o debate da escolha da localização”, afirma Arnaut, ‘chairman’ da ANA

O presidente do conselho de administração da ANA, José Luís Arnaut, questionado repetidamente pelos deputados sobre a solução proposta na semana passada pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para as futuras infraestruturas aeroportuárias de Lisboa, num despacho depois revogado pelo primeiro-ministro, tem recusado tomar uma posição.

“Somos uma parte da solução, mas não é a nós que compete a solução, não vamos contribuir para o debate da escolha da localização, que um dia é esta e no outro dia é outra. Enquanto não houver decisão não podermos responder até onde vão as necessidades das futuras localizações”, afirmou José Luís Arnaut, numa audição na Assembleia da República.

José Luís Arnaut sublinhou ainda: “Não vamos falar sobre cenários hipotéticos”. E recusou-se a comentar o despacho revogado. “Não vou comentar um despacho que está revogado. Seria um exercício especulativo”. E afirmou também que foi desmentida pela ANA a notícia de que construiria o futuro aeroporto em Alcochete se o contrato de concessão fosse prolongado por 25 anos. “O alargamento [do contrato de concessão] não foi objeto de negociações com o concedente [o Estado]”, esclareceu.

Já o presidente executivo, Thierry Ligonnière, também presente na audição, deixou claro, a propósito do investimento em futuras soluções aeroportuárias, que o risco de tráfego é partilhado entre a ANA e o Estado. “A ANA faz o investimento à cabeça e depois recupera o investimento ao longo do tempo da concessão. Há uma variável prevista no contrato de concessão, [que diz que a] partilha de risco de tráfego se faz entre o concedente e o concessionário”, explicou o gestor.

A ANA, assegurou José Luís Arnaut, está disponível para “colaborar para que a decisão que for tomada seja a melhor para o país”.

“Eu sei que Portugal é o país de especialistas de aeroportos, todos são especialistas de aeroportos, eu acho que muitos deles não fizeram aeroportos nem de legos, portanto, é um desporto nacional”, afirmou. E salientou o conhecimento da ANA nesta matéria, dizendo que a francesa Vinci, dona da concessionária, é o a terceira maior empresa de gestão aeroportuária do mundo.

Mais de 40 voos cancelados este domingo no aeroporto de Lisboa

Os constrangimentos em vários aeroportos europeus e greves em companhias aéreas como a Ryanair têm estado a provocar o caos em diversos aeroportos.

Terão sido, pelo menos, 65 os voos cancelados este sábado com destino e origem no aeroporto de Lisboa. Os números são da ANA, num comunicado enviado à Lusa. Durante a tarde os cancelamentos aumentaram de 32 para 65. Mas a situação repete-se, com doses ainda maiores de cancelados, um pouco por todo o mundo com 600 voos cancelados nos EUA e centenas em Madrid e Paris.

De acordo com a empresa que gere os Aeroportos de Portugal, mais de 40 voos vão ser cancelados este domingo (pelo menos 23 chegadas e 18 partidas).

A informação da ANA mais recente avançada este domingo pelas 14 horas estima que sejam cancelados 22 voos com destino e partida de Lisboa- 11 chegadas e 11 partidas- no Aeroporto Humberto Delgado, apontando como uma das causas para esta situação os “constrangimentos” registados em vários aeroportos internacionais.

Neste contexto, e como já havia aconselhado a ANA aconselha “os passageiros com voo marcado para este domingo, dia 3 de julho, para contactarem as companhias aéreas antes de se deslocarem para o aeroporto”.

“Devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus, estão previstos [para sábado] 65 voos cancelados – 40 chegadas e 25 partidas”, informou a ANA. Neste âmbito, “o aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares para reagendamento de voos”, afirma a empresa concessionária dos aeroportos, indicando que foram também reforçadas as equipas de apoio aos passageiros e distribuição de águas.

Há ainda outra razão a ser invocada. O incidente com um jato privado e consequente encerramento da pista no aeroporto de Lisboa, na sexta-feira, terá afetado e fez divergir para outros aeroportos muitos voos da TAP, disse à Lusa fonte oficial da transportadora aérea.

“A pista no aeroporto de Lisboa não esteve operacional durante algumas horas na sexta-feira, 01 de julho, à tarde, devido a um incidente com um jato privado. Em consequência, muitos voos da TAP foram afetados e divergiram para outros aeroportos”, afirmou a fonte da TAP.

“Aconselhamos os passageiros com voo marcado a contactarem as companhias aéreas”, indicou a ANA. Em causa estão, segundo informações recolhidas no referido ‘site’, voos com destino várias cidades europeias, mas também a Filadélfia, Acra, Dakar, Porto Santo e Varadero.

O aeroporto do Porto, por outro lado, registou este sábado o cancelamento de uma partida com destino a Amesterdão e de duas chegadas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

Greves na Europa

Na Europa, os atrasos e cancelamentos são provocados sobretudo por greves, seja de funcionários de aeroportos, seja de companhias aéreas. Em Paris, a greve de trabalhadores cancelou dezenas de voos no aeroporto de Paris Charles de Gaulle (CDG), enquanto em Madrid 15 voos foram cancelados e outros 175 sofreram atrasos devido a greves na EasyJet e Ryanair.

Os funcionários dos Aeroportos de Paris (ADP), grupo controlado maioritariamente pelo Estado, e os subcontratados associaram-se ao movimento de contestação social intersindical, de acordo com a direção. Os cancelamentos afetaram um voo em cada cinco entre as 7h00 e as 14h00 de hoje nas chegadas e partidas do Paris CDG, contra um voo em cada seis na quinta-feira e na sexta-feira. Isto representa 150 voos suprimidos em 1.300, de acordo com um porta-voz do grupo ADP.

O outro grande aeroporto de Paris, Orly, não foi afetado pela greve. As negociações salariais não foram concluídas na sexta-feira e a mesa negocial permanece aberta, disse o porta-voz do ADP.

Em Madrid, pelas 13h locais, cinco voos da companhia de baixo custo EasyJet e 10 voos da também ‘low cost’ Ryanair tinham sido cancelados e 175 outros sofreram atrasos, dos quais 52 da easyJet e 123 da Ryanair, segundo números avançados pelos sindicatos em comunicado.

Na Ryanair, os representantes do sindicato espanhol USO já anunciaram três novos períodos de greve, de quatro dias cada: de 12 a 15 de julho; de 18 a 21 de julho; e de 25 a 28 de julho, nos 10 aeroportos espanhóis onde a companhia irlandesa opera. A greve na Ryanair pretende obter melhores condições de trabalho para os 1.900 assistentes de cabine da companhia em Espanha. Já o pessoal de cabine da easyJet reivindica um alinhamento das suas condições de trabalho com as dos seus colegas no resto da Europa.

Feriado e férias nos EUA

Os EUA estão em fim-de-semana alargado, com o feriado de 4 de julho e início de férias, pelo que este sábado foram cancelados 600 voos até meio do dia. Os dados constam do ‘site’ flightaware.com e estão a ser citados pela agência AFP.

A situação foi ainda pior na sexta-feira, segundo o mesmo ‘site’ especializado, que na sexta-feira registou cerca de 3.060 voos cancelados e quase 8.000 atrasos.

Esta situação está associada a uma redução de pessoal em cerca de 15% nas companhias aéreas dos Estados Unidos face ao período anterior à pandemia de covid-19.

As empresas do setor dizem estar a trabalhar para resolver o problema, intensificando as campanhas de recrutamento de pilotos e de outras categorias de pessoal e reduzindo o número de lugares disponíveis para os passageiros.

Os funcionários das companhias aéreas mencionam outros fatores externos agravantes, em particular climáticos ou devido à covid-19.

Numa publicação na rede social Twitter, o secretário dos Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, lembrou este sábado os passageiros de que estes têm direito a um reembolso em caso de cancelamento do voo.

A notícia foi atualizada às 14 h e 48 minutos

Bolsa de Lisboa fecha no “vermelho”, com Galp e BCP a derrapar

O PSI, índice de referência da bolsa portuguesa, fechou a sessão desta quinta-feira no “vermelho”, com o BCP e a Galp a liderarem as quedas. O índice terminou o dia nos 6044,64 pontos, menos 1,42% que o fecho anterior.

Das 15 cotadas que compõem o índice, 14 encerraram o dia em baixa, nomeadamente todos os cinco “pesos pesados” (cotadas que mais influenciam o PSI), sendo que a Galp liderou as quedas, logo seguida pelo BCP.

A petrolífera derrapou 3,33% e o banco 3%, para 11,85 e 0,165 euros por ação, respetivamente.

Os restantes “gigantes” registaram desvalorizações menos pronunciadas: a Jerónimo Martins caiu 0,67%%, para 20,74 euros por ação, a EDP Renováveis deslizou 0,49%, para 22,52 euros e a EDP perdeu 1,85%, para 4,452 euros.

Nenhuma cotada terminou a sessão no “verde”.

Lisboa segue, assim, a Europa, onde as principais praças também encerraram no “vermelho”. Por exemplo, o índice de referência europeu, Stoxx 600, caiu aproximadamente 1,6%.

ANA diz que solução do Governo para o aeroporto de Lisboa “permitirá obter a capacidade aeroportuária que o país necessita”

A ANA está de acordo com a solução decidida pelo Governo de avançar de imediato com a construção de um novo aeroporto no Montijo e avançar depois para Alcochete, desmantelando posteriormente o atual aeroporto Humberto Delgado.

Em reação à medida conhecida esta quarta-feira, a gestora dos aeroportos nacionais disse em comunicado que “saúda a decisão do Governo português que permitirá dar, a curto prazo, uma resposta viável e otimizada às necessidades de desenvolvimento aeroportuário da região de Lisboa, através de uma solução pragmática de investimento nos aeroportos Humberto Delgado e do Montijo”.

“Esta solução permitirá obter a capacidade aeroportuária que o país necessita, da forma mais rápida e economicamente viável, com benefícios para a economia, o turismo, e a continuidade territorial portuguesa”, acrescenta a ANA.

O Governo irá agora renegociar o contrato de concessão com a empresa, pertencente ao grupo francês Vinci e, sabe o , não pretende alargar o prazo da concessão. Sobre essa renegociação a ANA apenas diz que “naturalmente, tomamos em consideração a vontade do concedente de enquadrar uma nova fase de desenvolvimento a longo prazo, e assumindo a saturação do sistema Lisboa-Montijo. A ANA irá, no âmbito do seu contrato de concessão, definir com o concedente as condições de desencadeamento e realização dessa nova etapa”.

Metro de Lisboa com perturbações a partir das 23h deste sábado devido à greve de domingo

A greve de domingo no Metropolitano de Lisboa deverá provocar perturbações na circulação a partir das 23h deste sábado, coincindindo com um fim de semana em que decorre na cidade o festival de música Rock in Rio.

De acordo com a empresa, o serviço do metro de Lisboa estará interrompido no domingo, sendo retomado apenas às 6h30 de segunda-feira.

A greve, entre as 0h e as 24h de domingo, foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, contra a falta de condições de trabalho e os aumentos salariais de 0,9% propostos pela administração, entre outros motivos.

Segundo o sindicato, os trabalhadores decidiram manter a paralisação, prevista há algumas semanas, apesar do anúncio pelo Metropolitano de Lisboa de que já iniciou a contratação de maquinistas e o reforço das equipas de manutenção.

As contratações decorrem de uma autorização concedida pelo Governo, no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento de 2022, para a contratação de 58 trabalhadores: 34 agentes de tráfego, 13 oficiais de manutenção, dois inspetores de obra e nove técnicos especializados.

Outro dos assuntos que não tem a concordância das organizações sindicais é o aumento salarial de 0,9% proposto pela empresa, que os sindicatos consideram estar “muito abaixo da inflação do país”.

Além da paralisação de 24 horas, os trabalhadores cumprem até ao final deste mês uma greve ao trabalho suplementar e eventos especiais.

Na semana passada, o Metropolitano de Lisboa garantiu que está disponível para procurar “soluções conjuntas de melhoria das condições de trabalho e de remuneração” e ainda para o “aumento de efetivos”.

Entre março e maio de 2022 foram efetuadas pelos trabalhadores da área da operação, maquinistas e chefias um total de oito greves parciais, entre as 5h e as 9h, segundo a empresa.

A paralisação de domingo ocorre num fim de semana em que se realiza o festival Rock in Rio, no Parque da Bela Vista. A este propósito, a organização indicou que criou, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, mais parques de estacionamento com ‘shuttle’ direto para o recinto do evento.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 6h30 e a 1h.

Turismo algarvio com falta de trabalhadores apesar de 6000 inscritos no IEFP

Os empresários do setor turístico algarvio queixam-se da falta de trabalhadores para o verão, apesar de haver cerca de 6.000 pessoas do setor inscritas no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), algumas a receber o subsídio de desemprego.

“Havia há pouco tempo 6.000 inscritos na área do turismo no Instituto do Emprego – só cozinheiros eram 500 -, e fizemos uma experiência com o Instituto do Emprego, com a ajuda das associações empresariais, e o Turismo do Algarve a coordenar, para tentar contratar pessoas”, disse o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Em declarações à Lusa, Hélder Martins referiu que o próprio IEFP participou nas entrevistas e “fez um esforço para trazer as pessoas, mas estas não quiseram” aceitar o trabalho que lhes era proposto nas suas áreas e com uma “boa remuneração”.

Para o empresário, não é lógico haver uma “rejeição das pessoas” para trabalhar no turismo e, ao mesmo tempo, poderem continuar a beneficiar do subsídio de desemprego, o que o leva a supor que também farão alguns trabalhos complementares.

“Houve quem só pudesse vir à entrevista depois das 20:00, mas estavam desempregados e a receber o subsídio de desemprego, e outros diziam que estavam a ajudar um primo”, referiu, ainda, Hélder Martins.

O presidente da maior associação de hoteleiros da região sublinhou que “há um problema grave no Algarve e no resto do país de falta de mão-de-obra”, que não se cinge apenas ao setor do turismo.

O administrador do grupo Pestana para o Algarve, Pedro Lopes, também confirmou à Lusa que “é difícil” encontrar pessoas para trabalhar como se fazia até 2019.

“O Algarve tem 15.000 desempregados, dos quais 6.000 no setor do turismo. Mas quando essas pessoas são chamadas para as entrevistas e não aparecem é porque não querem trabalhar, e algumas devem estar a trabalhar ilegalmente, por isso não aparecem”, refere.

Segundo Pedro Lopes, os poucos que aceitam ir às entrevistas “muitas vezes dizem que só podem aparecer depois das 20:00, o que quer dizer que antes estão a fazer alguma coisa”, considerou.

“O Governo tem de fiscalizar mais estas situações”, porque “se as pessoas não querem trabalhar não é justo estarmos a pagar [o subsídio de desemprego], quando há milhares de posições a serem oferecidas no setor”, afirmou.

Por seu lado, o diretor regional de operações do Grupo Minor, que detém os hotéis Tivoli, Jorge Beldade, afirmou que as unidades hoteleiras que gere precisam neste momento de recrutar 200 pessoas, num total de cerca de 1.500 trabalhadores.

“O Instituto do Emprego e Formação Profissional tem 15.000 pessoas à procura de emprego, mas quando pedimos um grupo de 30, aparecem apenas na entrevista três ou quatro, que fazem tudo para não serem contratados”, assegurou.

Segundo aquele responsável, normalmente, os entrevistados “pretendem manter-se no fundo de desemprego e continuar a fazer biscates” a trabalhar a tempo inteiro no setor.

“Vamos ter o melhor verão de sempre, as reservas já estão a um nível superior ao de 2019, o ano também vai ser excelente, mas não vamos fornecer o nível que deveríamos dar”, devido à falta de trabalhadores, observou.

De acordo com aquele responsável, a preocupação, neste momento, “já não é a receita, mas sim encontrar pessoas que queiram trabalhar”.

O presidente da AHETA também lamentou que “agora que há a oportunidade de faturar, não haja recursos” humanos, frisando que os empresários irão tentar manter a qualidade dos serviços, mesmo que tenham de deixar de disponibilizar a totalidade das mesas, nos restaurantes, ou dos quartos, nos hotéis.

Os empresários dos setor turístico são unânimes em referir que a solução para resolver a falta de mão-de-obra no setor é recorrer a imigrantes, sobretudo, originários de países de língua oficial portuguesa.

De acordo com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a falta de mão-de-obra no setor, a nível nacional, já deverá ultrapassar os 15.000 trabalhadores estimados em 2021.

Entretanto, na quarta-feira, o Governo aprovou um regime de facilitação para a emissão de vistos em Portugal para os Cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

Em conferência de imprensa, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, avançou que vai passar “a haver uma facilitação da emissão” no âmbito da concessão dos vistos de curta duração de estada temporária e vistos de residência para cidadão abrangido pelo acordo da CPLP.