Bolsa de Lisboa fecha no “vermelho”, com Galp e BCP a derrapar

O PSI, índice de referência da bolsa portuguesa, fechou a sessão desta quinta-feira no “vermelho”, com o BCP e a Galp a liderarem as quedas. O índice terminou o dia nos 6044,64 pontos, menos 1,42% que o fecho anterior.

Das 15 cotadas que compõem o índice, 14 encerraram o dia em baixa, nomeadamente todos os cinco “pesos pesados” (cotadas que mais influenciam o PSI), sendo que a Galp liderou as quedas, logo seguida pelo BCP.

A petrolífera derrapou 3,33% e o banco 3%, para 11,85 e 0,165 euros por ação, respetivamente.

Os restantes “gigantes” registaram desvalorizações menos pronunciadas: a Jerónimo Martins caiu 0,67%%, para 20,74 euros por ação, a EDP Renováveis deslizou 0,49%, para 22,52 euros e a EDP perdeu 1,85%, para 4,452 euros.

Nenhuma cotada terminou a sessão no “verde”.

Lisboa segue, assim, a Europa, onde as principais praças também encerraram no “vermelho”. Por exemplo, o índice de referência europeu, Stoxx 600, caiu aproximadamente 1,6%.

ANA diz que solução do Governo para o aeroporto de Lisboa “permitirá obter a capacidade aeroportuária que o país necessita”

A ANA está de acordo com a solução decidida pelo Governo de avançar de imediato com a construção de um novo aeroporto no Montijo e avançar depois para Alcochete, desmantelando posteriormente o atual aeroporto Humberto Delgado.

Em reação à medida conhecida esta quarta-feira, a gestora dos aeroportos nacionais disse em comunicado que “saúda a decisão do Governo português que permitirá dar, a curto prazo, uma resposta viável e otimizada às necessidades de desenvolvimento aeroportuário da região de Lisboa, através de uma solução pragmática de investimento nos aeroportos Humberto Delgado e do Montijo”.

“Esta solução permitirá obter a capacidade aeroportuária que o país necessita, da forma mais rápida e economicamente viável, com benefícios para a economia, o turismo, e a continuidade territorial portuguesa”, acrescenta a ANA.

O Governo irá agora renegociar o contrato de concessão com a empresa, pertencente ao grupo francês Vinci e, sabe o , não pretende alargar o prazo da concessão. Sobre essa renegociação a ANA apenas diz que “naturalmente, tomamos em consideração a vontade do concedente de enquadrar uma nova fase de desenvolvimento a longo prazo, e assumindo a saturação do sistema Lisboa-Montijo. A ANA irá, no âmbito do seu contrato de concessão, definir com o concedente as condições de desencadeamento e realização dessa nova etapa”.

Metro de Lisboa com perturbações a partir das 23h deste sábado devido à greve de domingo

A greve de domingo no Metropolitano de Lisboa deverá provocar perturbações na circulação a partir das 23h deste sábado, coincindindo com um fim de semana em que decorre na cidade o festival de música Rock in Rio.

De acordo com a empresa, o serviço do metro de Lisboa estará interrompido no domingo, sendo retomado apenas às 6h30 de segunda-feira.

A greve, entre as 0h e as 24h de domingo, foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, contra a falta de condições de trabalho e os aumentos salariais de 0,9% propostos pela administração, entre outros motivos.

Segundo o sindicato, os trabalhadores decidiram manter a paralisação, prevista há algumas semanas, apesar do anúncio pelo Metropolitano de Lisboa de que já iniciou a contratação de maquinistas e o reforço das equipas de manutenção.

As contratações decorrem de uma autorização concedida pelo Governo, no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento de 2022, para a contratação de 58 trabalhadores: 34 agentes de tráfego, 13 oficiais de manutenção, dois inspetores de obra e nove técnicos especializados.

Outro dos assuntos que não tem a concordância das organizações sindicais é o aumento salarial de 0,9% proposto pela empresa, que os sindicatos consideram estar “muito abaixo da inflação do país”.

Além da paralisação de 24 horas, os trabalhadores cumprem até ao final deste mês uma greve ao trabalho suplementar e eventos especiais.

Na semana passada, o Metropolitano de Lisboa garantiu que está disponível para procurar “soluções conjuntas de melhoria das condições de trabalho e de remuneração” e ainda para o “aumento de efetivos”.

Entre março e maio de 2022 foram efetuadas pelos trabalhadores da área da operação, maquinistas e chefias um total de oito greves parciais, entre as 5h e as 9h, segundo a empresa.

A paralisação de domingo ocorre num fim de semana em que se realiza o festival Rock in Rio, no Parque da Bela Vista. A este propósito, a organização indicou que criou, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, mais parques de estacionamento com ‘shuttle’ direto para o recinto do evento.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 6h30 e a 1h.

Turismo algarvio com falta de trabalhadores apesar de 6000 inscritos no IEFP

Os empresários do setor turístico algarvio queixam-se da falta de trabalhadores para o verão, apesar de haver cerca de 6.000 pessoas do setor inscritas no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), algumas a receber o subsídio de desemprego.

“Havia há pouco tempo 6.000 inscritos na área do turismo no Instituto do Emprego – só cozinheiros eram 500 -, e fizemos uma experiência com o Instituto do Emprego, com a ajuda das associações empresariais, e o Turismo do Algarve a coordenar, para tentar contratar pessoas”, disse o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Em declarações à Lusa, Hélder Martins referiu que o próprio IEFP participou nas entrevistas e “fez um esforço para trazer as pessoas, mas estas não quiseram” aceitar o trabalho que lhes era proposto nas suas áreas e com uma “boa remuneração”.

Para o empresário, não é lógico haver uma “rejeição das pessoas” para trabalhar no turismo e, ao mesmo tempo, poderem continuar a beneficiar do subsídio de desemprego, o que o leva a supor que também farão alguns trabalhos complementares.

“Houve quem só pudesse vir à entrevista depois das 20:00, mas estavam desempregados e a receber o subsídio de desemprego, e outros diziam que estavam a ajudar um primo”, referiu, ainda, Hélder Martins.

O presidente da maior associação de hoteleiros da região sublinhou que “há um problema grave no Algarve e no resto do país de falta de mão-de-obra”, que não se cinge apenas ao setor do turismo.

O administrador do grupo Pestana para o Algarve, Pedro Lopes, também confirmou à Lusa que “é difícil” encontrar pessoas para trabalhar como se fazia até 2019.

“O Algarve tem 15.000 desempregados, dos quais 6.000 no setor do turismo. Mas quando essas pessoas são chamadas para as entrevistas e não aparecem é porque não querem trabalhar, e algumas devem estar a trabalhar ilegalmente, por isso não aparecem”, refere.

Segundo Pedro Lopes, os poucos que aceitam ir às entrevistas “muitas vezes dizem que só podem aparecer depois das 20:00, o que quer dizer que antes estão a fazer alguma coisa”, considerou.

“O Governo tem de fiscalizar mais estas situações”, porque “se as pessoas não querem trabalhar não é justo estarmos a pagar [o subsídio de desemprego], quando há milhares de posições a serem oferecidas no setor”, afirmou.

Por seu lado, o diretor regional de operações do Grupo Minor, que detém os hotéis Tivoli, Jorge Beldade, afirmou que as unidades hoteleiras que gere precisam neste momento de recrutar 200 pessoas, num total de cerca de 1.500 trabalhadores.

“O Instituto do Emprego e Formação Profissional tem 15.000 pessoas à procura de emprego, mas quando pedimos um grupo de 30, aparecem apenas na entrevista três ou quatro, que fazem tudo para não serem contratados”, assegurou.

Segundo aquele responsável, normalmente, os entrevistados “pretendem manter-se no fundo de desemprego e continuar a fazer biscates” a trabalhar a tempo inteiro no setor.

“Vamos ter o melhor verão de sempre, as reservas já estão a um nível superior ao de 2019, o ano também vai ser excelente, mas não vamos fornecer o nível que deveríamos dar”, devido à falta de trabalhadores, observou.

De acordo com aquele responsável, a preocupação, neste momento, “já não é a receita, mas sim encontrar pessoas que queiram trabalhar”.

O presidente da AHETA também lamentou que “agora que há a oportunidade de faturar, não haja recursos” humanos, frisando que os empresários irão tentar manter a qualidade dos serviços, mesmo que tenham de deixar de disponibilizar a totalidade das mesas, nos restaurantes, ou dos quartos, nos hotéis.

Os empresários dos setor turístico são unânimes em referir que a solução para resolver a falta de mão-de-obra no setor é recorrer a imigrantes, sobretudo, originários de países de língua oficial portuguesa.

De acordo com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a falta de mão-de-obra no setor, a nível nacional, já deverá ultrapassar os 15.000 trabalhadores estimados em 2021.

Entretanto, na quarta-feira, o Governo aprovou um regime de facilitação para a emissão de vistos em Portugal para os Cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

Em conferência de imprensa, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, avançou que vai passar “a haver uma facilitação da emissão” no âmbito da concessão dos vistos de curta duração de estada temporária e vistos de residência para cidadão abrangido pelo acordo da CPLP.

Comissão Europeia cede 18 “slots” da TAP no aeroporto de Lisboa à EasyJet

A Comissão Europeia atribuiu hoje os 18 ‘slots’ diários da TAP no aeroporto de Lisboa, após imposição para aprovar o plano de reestruturação, à companhia aérea EasyJet, que ficou em primeiro lugar ultrapassando a concorrente a concurso, Ryanair.

“A Comissão Europeia classificou a EasyJet em primeiro lugar entre as transportadoras aéreas que se candidataram à atribuição da carteira com um máximo de 18 faixas horárias diárias [para descolagem e aterragem – ‘slots’] no aeroporto de Lisboa”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

A instituição acrescenta que “as faixas horárias serão disponibilizadas pela TAP Air Portugal para atenuar eventuais distorções indevidas da concorrência criadas pelo auxílio à reestruturação que lhe foi concedido por Portugal, após autorização da Comissão em dezembro de 2021”, permitindo assim à EasyJet “começar a explorar novas rotas a partir de 30 de outubro de 2022”.

A outra companhia aérea que concorreu aos ‘slots’ da TAP foi a também ‘low cost’ Ryanair, que na segunda-feira disse à agência Lusa ser a candidata “mais fiável” face à EasyJet.

Entendimento diferente teve Bruxelas, que na nota à imprensa adianta que “analisou em pormenor as propostas recebidas em função dos critérios de elegibilidade, avaliação e classificação”, tendo em conta a “capacidade de lugares que as transportadoras poderiam oferecer utilizando as faixas horárias disponibilizadas pela TAP Air Portugal”, optando assim por dar o primeiro lugar à EasyJet.

“A EasyJet tem agora prioridade para celebrar com a TAP Air Portugal o acordo de transferência de faixas horárias que lhe permitirá expandir as suas operações no aeroporto de Lisboa e oferecer novos voos a partir de 30 de outubro de 2022”, adianta a Comissão Europeia.

Em causa está o aval dado pela Comissão Europeia, em 21 de dezembro passado, ao plano de reestruturação da TAP e à ajuda estatal de 2.550 milhões de euros para permitir que o grupo regressasse à viabilidade, impondo para isso compromissos de forma a não prejudicar a concorrência europeia.

Entre os remédios impostos por Bruxelas para aprovar o plano de reestruturação está, precisamente, a obrigação de a companhia aérea disponibilizar até 18 ‘slots’ por dia no aeroporto de Lisboa.

Turismo em Portugal pode ultrapassar níveis pré-pandémicos em 2023

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) afirmou esta segunda-feira que o setor de viagens e turismo vai impulsionar a recuperação económica em Portugal, ultrapassando os níveis pré-pandémicos em 2023.

O WTTC, um fórum empresarial mundial da indústria de viagens e turismo, estimou que no próximo ano se verifique um aumento de 4,8% em relação aos resultados de 2019 e o emprego no setor também exceda os níveis do último ano pré-pandémico.

No último Relatório de Impacto Económico do WTTC prevê-se que a “contribuição total do setor para o PIB poderá atingir quase 39,5 mil milhões de euros no próximo ano, representando 17,4% do total da economia” nacional.

A indústria deverá criar 3200 empregos adicionais, para atingir mais de um milhão de postos de trabalho até ao final de 2023.

De acordo com os últimos dados do WTTC, espera-se que o PIB associado às viagens e turismo cresça anualmente a uma média de 3,4% durante a próxima década, mais do triplo da taxa de crescimento de 1,1% da economia global do país, para atingir mais de 50 mil milhões de euros (20,2% do total) até 2032.

Por outro lado, as previsões indicam que este setor seja capaz de criar quase 193.000 empregos nos próximos dez anos, com uma média de mais de 19.000 novos empregos por ano, atingindo mais de 1,1 milhões de postos de trabalho até 2032.

“Após o impacto devastador da covid-19, Portugal está a mostrar uma forte recuperação e no final deste ano espera-se que a contribuição total do setor para o PIB cresça 54,7%, para mais de 35,8 mil milhões de euros, o que corresponde a 16,2% do PIB total”, pode ler-se no comunicado.

“O emprego no setor [em 2022] deverá crescer 5,6%, para atingir quase mais de 953.000 postos de trabalho”, acrescenta-se na mesma nota.

De acordo com o parceiro na análise de dados do WTTC, a ForwardKeys, “os últimos dados de reserva de voos mostram um verão promissor” para Portugal, já que “os dados de reservas de voos mostram que (…) deverá ser o quarto destino europeu mais popular este Verão, com um aumento anual de 179% de chegadas internacionais”.

Os dados mostram reservas de voos a ultrapassarem os níveis pré-pandémicos, com reservas dos EUA, Holanda, Dinamarca, e Alemanha a aumentarem, respetivamente, 41%, 36%, 29%, e 11%.

No relatório salienta-se que a contribuição total do setor para o PIB representava 17,1% (37,6 mil milhões de euros) em 2019, baixando para apenas 8,7% (17,4 mil milhões de euros) em 2020, mas que caiu para cerca de metade.

O setor também era responsável por mais de um milhão de postos de trabalho, “antes da pandemia ter posto fim às viagens internacionais, o que resultou numa perda de 160.000 (15,6%), caindo para 850.000 em 2020”.

No documento frisa-se que em 2021 se assistiu ao início da recuperação neste setor, ao subir 32,6% em termos anuais, para atingir 23,1 mil milhões de euros. Contudo, a recuperação de empregos foi mais lenta, com apenas 50.000 empregos criados, atingindo um total de 900.000.

O organismo mundial do turismo sustentou “que a contribuição do setor para a economia e o emprego poderia ter sido mais elevada se não fosse o impacto da variante Ómicron, o que levou a uma recuperação oscilante em todo o mundo, com muitos países a reintroduzirem restrições severas às viagens”.

Adesão à greve de trabalhadores da Rodoviária de Lisboa ronda os 60 a 70%, aponta sindicato

A adesão à greve de 24 horas dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) para reivindicar aumentos salariais rondava às 7h desta quarta-feira os 60 a 70%, disse à Lusa fonte sindical.

“A adesão hoje aponta para os 60 a 70%, um bocadinho menos do que nas anteriores greves que andava à volta dos 80%”, disse à Lusa o presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), João Casimiro, adiantando que “ainda é cedo”.

De acordo com João Casimiro, as revindicações dos trabalhadores são as mesmas das anteriores paralisações, ou seja, é pedido um aumento salarial para 750 euros, de forma a “compensar o salário mínimo”.

Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.

A greve, convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), teve início às 03:00 de hoje e termina às 03:00 de quinta-feira.

Esta é a 13.ª paralisação que os motoristas da RL realizam desde julho do ano passado, tendo a mais recente greve sido feita em 02 de maio, altura em que também foi apresentado um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário para o mês de maio.

Segundo João Casimiro, desta vez não foi apresentado um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário “para a empresa não ter a desculpa” e alegar que, havendo greves marcadas, os trabalhadores não querem negociar.

O representante disse ainda que o sindicato não marcou mais paralisações por esperar que a empresa entre em contacto para voltarem à mesa das negociações.

Entre as reivindicações dos trabalhadores encontram-se ainda a atualização do salário dos demais trabalhadores na mesma percentagem do que os dos motoristas, a atualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário dos motoristas, a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas e a valorização da carreira da manutenção.

Em julho, a RL vai passar a integrar a recém-criada Transportes Metropolitanos de Lisboa, que operará nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

Atualmente, a Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.

Bolsa de Lisboa. Greenvolt, CTT e Jerónimo Martins desvalorizam e trazem índice PSI para o vermelho

O PSI encerrou a sessão de terça-feira, 31 de maio, em queda de 0,6% nos 6257,50 pontos, com 4 cotadas em alta e 11 em baixa. A maior parte das bolsas europeias fechou igualmente no vermelho, à excepção de Londres, que ganhou 0,1%. O Stoxx 600 terminou a segunda sessão da semana com perdas de 0,87%.

A Greenvolt desvalorizou 2,14% para os 7,31 euros, à cabeça das perdas, no dia a seguir a ter anunciado a distribuição de 39% da participação da Altri na energética aos seus acionistas. Os CTT recuaram 1,83% para os 3,75 euros e a Jerónimo Martins perdeu 1,55% para os 19,07 euros por ação. O BCP depreciou, entretanto, 1,13% para os 0,19 euros.

Nas cotadas que apresentaram ganhos figuram a Corticeira Amorim (+0,57% para os 10,50 euros), a Sonae (+0,73% para os 1,11 euros), a Altri (+1,76% para os 6,06 euros), e a líder Semapa (+2,2% para os 15,82 euros)

António Costa Silva: “Temos que ser líderes no mundo em turismo sustentável”

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, considera que Portugal está bem posicionado para se tornar líder no mundo no turismo sustentável, “ligado ao oceano, à natureza, ou ao património”, segundo afirmou durante uma conferência que decorreu na escola de negócios Nova SBE sobre “Líderes do Turismo”.

“Estamos a viver uma nova era geopolítica, com a agressão brutal da Rússia à Ucrânia, temos uma crise económica com esta guerra na Europa”, mas “por paradoxal que pareça pode ter um impacto positivo, porque nós somos um país seguro, até pela posição geográfica”, salientou Costa Silva.

Também a nível da crise energética gerada com o conflito “Portugal tem um potencial imenso”, e muitas empresas externas “têm-nos procurado no Ministério para desenvolverem energia no oceano, pois o mar é de facto uma fábrica escondida de energia”, adiantou.

O Banco de Portugal já avançou previsões de que o turismo possa atingir este ano receitas de 16 mil milhões de euros, mas o ministro da Economia disse acreditar que as receitas podem chegar “aos 18 mil ou 19 mil milhões”.

Prevendo que nos próximos anos o turismo português se torne numa “indústria ainda mais pujante, com uma oferta diversificada a nível de turismo oceânico, turismo termal, ou turismo de saúde”, António Costa Silva frisou que o grande desafio futuro é combater a crise climática, o que irá trazer transformações ao sector.

“Cada empresa terá de ter uma espécie de licença ambiental para operar, senão dificilmente conseguirá mobilizar clientes”, exemplificou.

A sustentabilidade, a par da digitalização, é um dos principais desafios que se coloca ao turismo, e “as empresas que hoje são grandes, se não se adaptarem à mudança, poderão não o ser amanhã”, advertiu Costa Silva, frisando acreditar no potencial da “nossa indústria de turismo, que é muito versátil, e puxa por outras atividades.

“Portugal é um dos paraísos da biodiversidade no planeta”, e nos próximos anos “vejo um sector muito pujante, líder no mundo em sustentabilidade, temos que ser líderes no mundo em turismo sustentável”, exortou.

O ministro da Economia e do Mar lembrou ainda que “no auge da pandemia” Portugal foi pioneiro a lançar no turismo o selo Clean & Safe, “e também queremos que seja o primeiro país do mundo a criar um selo ESG” – sigla de Environmental (Ambiente), Social Responsability e Governance (governo das sociedades)”.

“A economia portuguesa continua a ter o turismo como um dos seus motores, mas precisamos de outros motores”, concluiu o ministro, frisando que também para as indústrias eletrónica ou de metalomecânica se prevê um crescimento acelerado no país.