O comportamento do turismo em Portugal neste momento é “motivo de grande regozijo”, destacou o Ministro da Economia, referindo-se ao crescimento de turistas vindos dos EUA, que está nos 49%, e da Alemanha, 7,3%.
Comentando a evolução da economia este ano, o ministro disse que “notamos dinamismo em vários sectores”, com “o turismo e os serviços a crescer de forma mais robusta do que tínhamos pensado”.
“O comportamento do turismo dá-nos alguma esperança”.
Costa Silva destacou, na audição na Assembleia da República no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para este ano, a capacidade de atração de investimento do país, referindo que nos dois primeiros meses de 2022 o saldo líquido de investimento estrangeiro foi de 2,2 mil milhões de euros.
O ministro lamentou também o facto de não ser ter avançado com o projeto de exploração de gás natural no Algarve – que o levou a dizer que a Partex, a empresa que liderou até 2019, ia deixar de investir no país.
Se esse investimento tivesse acontecido, Portugal podia estar a produzir gás natural neste momento de escassez provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Costa Silva deixou claro que se houver interessados em investir nas reservas de gás natural do Algarve, não hesitará em acolher essas manifestações de interesse.
“O que me move é olhar para o futuro. Eu não penso fora da caixa, penso mesmo sem caixa”.
O ministro lembrou a conjuntura negativa provocada pela pandemia que levou ao colapso das redes logísticas – sendo que o trabalho da logística é a espinha dorsal do comércio internacional – e o aumento dos preços da energia e matérias-primas.
“A inflação é das variáveis económicas mais complexas e mais difíceis com que temos de lidar. Qualquer erro pode ter consequências dramáticas”, afirmou.
A indústria do turismo nacional procura reativar-se
«Temos em Portugal um desígnio muito forte de fazer esta transformação estrutural da nossa economia, alterar o perfil produtivo e incorporar cada vez mais conhecimento e inovação em todos os processos de fabricação, novos produtos de bens, de serviços que criem alto valor acrescentado e que desenvolvam um cluster ainda mais forte para as exportações nacionais serem cada vez mais corporizadas numa tendência sustentável para o futuro», disse o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.